Os Alto-Elfos
Elfos [20c]
Os elfos de Arton são uma raça muito antiga. Eles têm as orelhas pontiagudas, olhos amendoados, traços delicados, afinidade com a natureza, talento para a mágica e vida muito longa. Exceto por esses detalhes, são fisicamente muito parecidos com os humanos. Têm a mesma altura e peso - e, emborasejam normalmente mais delgados, alguns se mostram tão musculosos e massivos quanto qualquer outro humano. Podem mostrar também uma vasta coleção de traços exóticos, como cabelos de cores castanhas, olhos felinos, patas, cauda...
O elfo nativo de Arton costuma atingir 250 anos de idade, em média três vezes mais que um humano - e a mesma longevidade dos anões. Essa vida longa exerce uma forte ingluência sobre sua personalidade e ajuda a explicar seu comportamento. Elfos apreciam os prazeres da vida mais lentamente, e por isso são exigentes quanto à comida, roupa, beleza, artes e prazeres em geral. Apenas os maiores amigos e inimigos são lembrados por eles (afinal, é impossível lembrar de todo mundo que você conhece em cem ou duzentos anos...). Todas essas coisas costumam fazer com que os elfos sejam vistos pelos humanos como frívolos, distantes e até arrogantes.
No Reinado atual, os elfos vivem em condições miseráveis. Isso começou quando a primeira cidade élfica, Lenórienn, foi erguida em Lamnor em pleno território hobgoblin, dando início a uma série secular de conflitos que ficaria conhecida como a Infinita Guerra. Em sua arrogãncia, os elfos jamais aceitaram qualquer acordo ou aliança com as outras "raças inferiores" - provocando então o Tratado de Lamnor: todos passariam a ignorar os elfos, sem jamais interferir em seus assuntos.
Infelizmente, para os elfos, surgiu o vilão Thwor Ironfist - a Foice de Ragnar, o líder previsto pelas profecias dos bugbears. Ele unificou todos os goblinóides em um exército invencível que ficaria conhecido como a Aliança Negra. Diante de tal força, Lennórien caiu. Quase todos os seus habitantes foram mortos. Caravanas de sobreviventes fugiram de Lamnor e vieram para o Reinado e outros pontos do mundo, onde vivem humilhados entre os humanos ou em peregrinação constante, jamais se estabelecendo em um mesmo lugar. Não existe uma nação élfica em nenhum ponto de Arton, e no Reinado eles são tão poucos que não chegam a formar 1% da população em quase todos os reinos.
A maior parte dos elfos não consegue deixar de lado sua antiga arrogância, jamais perdendo uma chance de depreciar os humanos (o que não é muito saudável, quando você vive na terra DELES). Outros, no entando, empenham-se em cruzadas pessoais para que elfos e humanos sejam amigos. De qualquer forma, a convivência com os humanos tem levado ao surgimento de meio-elfos - o resultado da união entre um humano e uma elfa, ou um elfo e uma humana.
Embora tenham sido criados pela deusa Glórienn, os elfos atuais estão se afastando dela, magoados com a sua situação. Eles estão se voltando para Allihanna, Khalmyr, Lena, Marah e outros. Um meio-elfo clérigo pode servir a qualquer divindade que aceite apenas humanos e/ou elfos. Meio-elfos também podem ser paladinos.